Tudo esmorece num segundo,
Nos meus braços um grito mudo,
Um olhar incerto,
Um ser fraterno esmorece…
Minha alma desperta o passado,
Um outro ser enfraquecido…
Antecipo dores profundas,
E a impotência invade meus sentidos…
Sem rumo abandono-me no chão,
A chuva me acompanha num choro compulsivo,
A raiva bloqueia-me o respirar.
O céu negro chuvoso e as pedras da calçada
São o meu abrigo,
Porque tudo que me rodeia é mais negro
Frio e cru…
Tudo que vejo em volta é excremento
Aos olhos da dor da minha alma,
No meu corpo sofrido caído…
Ao lembrar que outro corpo,
Mais sofrido, está pior em lençóis de cama lavada…
A Deus imploro compaixão…
Meu padrasto que respeito e amo,
Perdão por não poder acolher e cuidar de ti…
Dá-me todas as dores e lágrimas
Para que possas dormir tranquilo…
Diana Barbosa
Imagem google